Para delírio dos milietes de plantão, Paulo Sousa brinda os leitores do Bonas Histórias com mais uma coluna repleta de efemérides literárias.
Queridos leitores! Aqui vai mais uma coluna Miliádios Literários no Bonas Histórias, este blog tão maravilhoso! E não percamos tempo, comecemos as efemérides de outubro de 2021 com Juan Carlos Onetti, autor de “Junta-cadáveres” e “O Estaleiro” (Planeta), que completaria 41 miliádios no dia 1º. Ele é considerado o maior escritor uruguaio da história.
Outro grande escritor hispanófono é Roberto Bolaño, que escreveu os livros “2666”, “Putas Assassinas” e “Noturno no Chile” (Companhia das Letras). Ele nasceu há 25 miliádios completados no dia 8. Bolaño foi um grande crítico da ditadura chilena, tendo sido preso após o golpe de Pinochet.
Também crítico da ditadura, só que da brasileira, Zuenir Ventura completaria 33 miliversários no dia 6. Ele escreveu “1968: O Ano que Não Acabou” e “Mal Secreto: Inveja” (Objetiva). Ventura foi eleito para a Academia Brasileira de Letras sucedendo Ariano Suassuna.
Ficando na literatura nacional, Lourenço Mutarelli, autor de “O Cheiro do Ralo”, “Nada Me Faltará” e “O Natimorto” (Companhia das Letras), completa 21 miliversários no dia 16. O autor passou por uma situação bizarra, quando duas “amigas” forjaram um sequestro relâmpago que, na verdade, o levaria para uma festa surpresa. Esse episódio desencadeou crises de depressão e ataques de pânico.
Jack Kerouac, autor de “On The Road – Pé na Estrada”, “Os Vagabundos Iluminados” e “Big Sur” (L&PM), faleceu há 19 miliádios completados no dia 28. Ele foi um dos líderes do movimento beat que, jocosamente, foi apelidado de beatnik pela burguesia americana, que associava aqueles jovens errantes ao comunismo russo.
Continuamos a coluna miliádica com um mestre, talvez a pessoa que melhor entendeu a alma do brasileiro: Mario de Andrade, autor de “Macunaíma” (Nova Fronteira), “Pauliceia Desvairada” e “Lira Paulistana” (LaFonte), expoente do modernismo e vaca sagrada da literatura nacional. Ele faleceu há 28 mil dias completados no dia 24.
Quem também foi um modernista lusófono, mas que viveu na Terrinha, foi Mário de Sá-Carneiro, autor de “A Confissão de Lúcio” (Nova Fronteira) e “Dispersão & Indícios de Oiro” (Moinhos). Ele fez parte da Geração d’Orpheu, revista modernista portuguesa lançada em 1915, e faleceu no ano seguinte. Sua morte completa, então, 48 miliádios no dia 19.
Para tristeza de todos os nossos seguidores, a quem chamamos de milietes, finalizamos a coluna Miliádios Literários deste mês. Fiquemos com uma das filósofas mais influentes do século XX, Hannah Arendt. Ela é autora de “Homens em Tempos Sombrios” e “Origens do Totalitarismo” (Companhia das Letras), e nasceu há 42 miliádios completados no dia 10.
That’s all Folks! Mês que vem, se tudo der certo, estaremos aqui novamente. Até mais!
Em memória de...
... António José da Silva, autor de “Guerras do Alecrim e da Manjerona” (Leaf), que faleceu há 103 miliádios completados no dia 19.
... Plínio Marcos, autor de “Navalha na Carne” (Senzala) e “Medo Líquido (Zahar), que faleceu há 8 miliádios completados no dia 24.
... Matsuo Bashô, autor de “Trilhas Longínquas de Oku” (Escrituras), que nasceu há 138 miliádios completados no dia 31.
Miliádios Literários é a coluna de Paulo Sousa, autor do romance “A Peste das Batatas” (Pomelo), da novela “Histórias de Macambúzios” e da coletânea poética “Acinte 2020”. Em seus textos, Paulo apresenta mensalmente no Bonas Histórias as principais efemérides da literatura. Para ler os demais posts dessa seção, clique em Miliádios Literários. E não deixe de nos acompanhar nas redes sociais – Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn.