Confira as 110 principais obras da ficção e da poesia que foram publicadas nas livrarias do Brasil no primeiro bimestre do ano.
Só foram percorridos dois meses de 2023. Porém, a sensação é que um rio caudaloso já passou por baixo da ponte do mercado editorial brasileiro nesse período. Não está acreditando em mim? Pois tivemos, em menos de seis dezenas de dias, a falência da Livraria Cultura, que se juntou à Livraria Saraiva e à Livraria Nobel no céu do capitalismo nacional. Os otimistas dizem que a derrocada das grandes redes livreiras foi fruto da recente falta de apetite de leitura dos habitantes da terra descoberta por Seu Cabral. Já os pessimistas se questionam se algum dia o brasileiro médio leu alguma coisa. Por falar nisso: beijinho, Key Alves. Estou torcendo por você, minha bela e sapeca guerreira!
Para desespero de quem trabalha com produção textual (será que ainda hoje alguém faz isso, meu Deus?), a OpenAI lançou a primeira versão comercial do ChatGPT. Usando uma tecnologia que não deve ser coisa de Deus, esse chatbot disruptivo desenvolve textos autonomamente a partir da Inteligência Artificial. De agora em diante, ninguém mais precisará se esforçar para escrever algo novo e com qualidade. Como você acha que surgiram essas palavras que você está lendo agora no Bonas Histórias, hein?! Brincadeira! Se bem que gostei da ideia... Quem sabe não teste o ChatGPT para a coluna Mercado Editorial do próximo mês, né? Brincadeirinha (ou não)!
Sem livrarias de grande porte à disposição (calma, Livraria Leitura, você ainda chega lá!) e com uma tecnologia que escreve sozinha, os felizes estudantes contemporâneos terão mais tempo para se educar nos sites de pornografia, nas redes sociais e nos games (ou e-sports, como preferem os esportistas do novo milênio). É a nossa civilização avançando a passos largos rumo ao futuro preconizado por Nostradamus. Só faltam agora inventar um aplicativo de leitura. Já pensou se a Inteligência Artificial, depois de escrever textos de maneira independente, pudesse também ficar lendo tudo o que desejamos sem que a gente precisasse ficar por perto?! Olha que não é uma má ideia, senhores, senhoras e senhorxs. Ô, Elon Musk, pare de atrapalhar o Twitter ou demitir seus funcionários e vê se cria logo uma startup para viabilizar essa sacada genial!
Enquanto a modernidade não me pega (leia “Doze Indícios que Envelheci Antes da Hora”, série de 2017 da coluna Contos & Crônicas, e você saberá o quão cavernoso eu sou), sigo no meu mundinho analógico. E nessa rotina pré-histórica (ou seria pré-IA?), continuo escrevendo sozinho e permaneço lendo por conta própria. Não é fácil acreditar nessas palavras, eu sei, mas elas são verídicas, tá?!
Para quem ainda tem a mania besta de ler obras de qualidade, fiz uma lista com as principais novidades no campo da ficção literária e da poesia que chegaram às livrarias brasileiras no primeiro bimestre de 2023. Isso é, nas livrarias e nas varejistas que sobraram (tchau, tchau, Lojas Americanas!). Na minha relação de livros recém-publicados, selecionei 110 obras que acredito que possam interessar aos leitores do Bonas Histórias (ou às pessoas que fiquem sem nada de produtivo para fazer durante os intervalos do BBB 23).
Como já é tradição na coluna Mercado Editorial, primeiro irei comentar os novos livros que considero mais interessantes da literatura brasileira e da literatura internacional. Em seguida, apresentarei a relação completa dos títulos ficcionais e poéticos que foram lançados em janeiro e fevereiro. Dessa maneira, teremos a oportunidade de saber como correm as águas por debaixo da ponte do setor editorial em nosso país nesse comecinho de ano. Então vamos lá.
Na estante da literatura nacional, preciso reconhecer que não tivemos uma grande quantidade de novas publicações. Apenas 27 livros de autores brasileiros foram lançados neste bimestre. Deles, 20 obras são da área da prosa e 7 títulos são da área da poesia. Por qualquer comparação que façamos, notamos a timidez dos números. No bimestre passado, por exemplo, tivemos 56 publicações nacionais (mais do que o dobro de agora). E em janeiro e fevereiro de 2023, foram lançados em nossas livrarias 83 obras ficcionais de autores estrangeiros (75% dos novos títulos). Ou seja, a ficção brasileira começou 2023 devagar quase parando.
Contudo, os dados quantitativos são apenas uma faceta do mercado editorial, né? Há também os dados qualitativos. E aí a literatura brasileira não fez feio neste começo de ano. Os quatro livros nacionais recém-lançados que mais gostei são: “A Contra-história” (Valentina), terceiro volume da série “A Contrapartida” de Uranio Bonoldi, “Porém Bruxa” (Suma), romance de Carol Chiovatto, “A Repetição” (Todavia), reunião de duas novelas de Pedro Cesarino, e “O Menino Amarrado ao Manacá” (Publicação independente), romance de José Carlos Martins. Falemos, a seguir, um pouquinho mais desses títulos, que (não por acaso) abrangem um exemplar de cada gênero ficcional (saga, romance e novela). Só faltaram as figurinhas das coletâneas de contos e crônicas para que eu completasse o álbum, né?
“A Contra-história” é a tão aguardada continuação da bem-sucedida coleção de romances de Uranio Bonoldi que trata dos polêmicos embates de Tavinho com os últimos integrantes da tribo Moxiruna. A primeira obra da série, “A Contrapartida” (Valentina), foi publicada em março de 2019 e a segunda, “O Contra-ataque” (Valentina), foi lançada em dezembro de 2021. Como os leitores do blog já sabem, ambos os livros foram comentados no Bonas Histórias. Agora recebemos o terceiro volume da coletânea de “A Contrapartida”, que ainda terá mais dois volumes. Portanto, a saga de Bonoldi será uma pentalogia, a ser concluída em 2025.
O que mais gostei no novo título sobre a trajetória de Tavinho foi do seu inusitado enredo. As surpresas contidas em “A Contra-história” são realmente de derrubar o leitor da cadeira. Se você esperava (como eu!) uma simples continuação da história do Dr. Octávio Albuquerque Júnior, saiba que Uranio Bonoldi irá levá-lo(a) literalmente para uma nova dimensão ficcional. Só não revelo mais nada para não estragar a experiência de leitura de ninguém. O que posso dizer sem receio é que achei incríveis os desdobramentos da trama e a proposta do novo volume de “A Contrapartida”, o que torna a coleção ainda mais saborosa e inquietante. Quem gosta de um bom thriller de ação, não poderá perder “A Contra-história”. Vou tentar fazer um post do novo romance de Bonoldi para a coluna Livros – Crítica Literária até o final do ano. Vamos ver se eu conseguirei detalhar a sequência da série para vocês.
Outro excelente romance nacional que chegou às livrarias, dessa vez em nova roupagem, é “Porém Bruxa”, da espetacular Carol Chiovatto. Adepta da literatura fantástica e estudiosa da figura das bruxas, Chiovatto estreou na literatura comercial, em 2019, justamente com “Porém Bruxa” (AVEC Editora). O livro conquistou o Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica na categoria das Narrativas Longas no ano seguinte e catapultou a carreira literária da jovem autora fluminense. De lá para cá, ela publicou mais dois livros: “Senciente nível 5” (AVEC Editora), novela de 2020 que foi finalista do Prêmio Jabuti; e “Árvore Inexplicável” (Suma), romance de 2022.
Nesse comecinho de 2023, a Companhia das Letras, dona da Suma, selo especializado em literatura de terror, relançou o romance de estreia de Carol Chiovatto. Portanto, “Porém Bruxa” volta às estantes das livrarias brasileiras dessa vez com a chancela da maior editora nacional. Quem reclamava da dificuldade para achar a edição da AVEC Editora nos sebos (põe o dedo aqui que já vai fechar!) não terá mais desculpas a partir de agora para não adquirir a obra diretamente nas lojas. “Porém Bruxa” está nas principais livrarias nacionais desde janeiro. Além da trama policial protagonizada pela bruxa (do bem) Ísis Rossetti na cidade de São Paulo, a novíssima edição do livro mais badalado até aqui de Chiovatto vem com uma carta inédita e dois contos extras. Está imperdível!!!
Ainda falando das novidades dos meus escritores favoritos e da literatura contemporânea nacional, Pedro Cesarino publicou “A Repetição”, coletânea de duas novelas que mistura antropologia com ficção. Sou fã da literatura de Cesarino desde “Rio Acima” (Companhia das Letras), romance lançado em 2016 que narra os dramas dos povos nativos da Amazônia para perpetuar suas culturas e seus estilos de vida. Se não estiver enganado, comentei em detalhes na coluna Livros – Crítica Literária esse título em meados de 2020. Para quem ainda não conhece Pedro Cesarino, ele é um dos principais antropólogos brasileiros da atualidade e possui pesquisas pioneiras sobre etnologia indígena. Com um texto elegante e uma técnica narrativa apuradíssima, o escritor paulistano aplica seu vasto conhecimento de antropologia na literatura ficcional.
Em “A Repetição”, Cesarino volta a trabalhar com temas que lhe são mais caros: herança da escravidão, violência contra os povos indígenas, injustiças sociais e exploração econômica. Vale a pena conferir mais um livrão (pequeno no tamanho e enorme na intensidade dramática) desse autor que pode ser visto como um dos mais originais da ficção brasileira nos dias de hoje. O que mais gosto nas narrativas de Pedro Cesarino é a criatividade dos conflitos, as personagens pouco convencionais e os cenários diferentes da trama. Leia “A Repetição” e depois me fale se as duas novelas não são ótimas.
Para ninguém insinuar que não abordo os novos talentos da literatura brasileira em meus posts, o quarto título nacional que enfoco na coluna Mercado Editorial de hoje é “O Menino Amarrado ao Manacá”, do escritor mineiro José Carlos Martins. No final do ano passado, comentei “O Velho e o Menino, o Rio” (Cria Editora), a boa estreia de Martins na ficção. E qual foi a minha surpresa ao descobrir que alguns meses depois, o autor já apresentava para o público seu segundo livro.
“O Menino Amarrado ao Manacá” está no limiar entre a novela e o romance. Eu o considerei um romance, apesar de o índice para catálogo sistemático apontar que a obra é uma coleção de crônicas. O que é certo mesmo é que o novo título de José Carlos Martins está impecável. Aí não há qualquer dúvida. Se “O Velho e o Menino, o Rio” já era uma narrativa gostosa e saborosa (ou seja, uma boa publicação literária), “O Menino Amarrado ao Manacá” está simplesmente espetacular (é um livrão!!!). Como é bom constatar que os novos nomes da literatura brasileira estão florescendo na carreira e publicando novidades de ótima qualidade. Gostei tanto do novo romance de Martins que ainda vou analisá-lo em profundidade na coluna Livros – Crítica Literária em 2023. Na certa, vocês vão adorar as peripécias de Francisco das Chagas Marins Filho, o narrador da trama, uma espécie de anti-herói.
Virando a página e adentrando no capítulo da literatura internacional, meus quatro destaques gringos de janeiro e fevereiro de 2023 são: “Até os Ossos” (Suma), romance da norte-americana Camille DeAngelis; “Quando os Pássaros Voltarem” (Intrínseca), narrativa ficcional do espanhol Fernando Aramburu; “Filho de Jesus” (Todavia), coletânea de contos do norte-americano Denis Johnson; e “As Margens e o Ditado” (Intrínseca), coletânea de ensaios e crônicas da italiana Elena Ferrante.
“Até os Ossos” é a premiada obra ficcional de Camille DeAngelis. Publicada em 2015 e vencedora do Alex Award de 2016, esse romance trata do drama pouco comum de Maren Yearly, uma jovem canibal. A protagonista do livro de DeAngelis sempre procurou ficar sozinha e nunca quis se relacionar com as pessoas. Afinal, um pouco de intimidade sempre foi um elemento complicado para alguém com sede de sangue (no caso, fome de carne humana!). O problema é que um dia, o amor bateu à porta de Maren. E aí, como conciliar as descobertas sexuais, o compartilhamento das emoções e a necessidade de constituir família com os instintos canibais, hein?
O momento do lançamento da versão brasileira de “Até os Ossos” não poderia ter sido mais bem alinhado. O livro chega às livrarias poucos meses após o filme homônimo estrear nas salas de cinema do país. A adaptação dessa história de Camille DeAngelis para as telonas foi dirigida por Luca Guadagnino, de “Me Chame pelo Seu Nome” (Call Me By Your Name: 2017), e foi interpretada por Taylor Russell, da regravação da série de TV “Perdidos no Espaço” (Lost in Space: 2018), e Timothée Chalamet, de “Um Dia de Chuva em Nova York” (A Rainy Day in New York: 2018). “Até Os Ossos” (Bones and All: 2022) ficou em cartaz até o mês passado. Na certa, muita gente irá comprar o livro para conhecer os detalhes da trama da esfomeada e contraditória Maren Yearly.
Outro excelente romance internacional recém-publicado no Brasil é “Quando os Pássaros Voltarem”, de Fernando Aramburu. Um dos nomes mais relevantes da literatura espanhola na atualidade, Aramburu está sendo descoberto aos poucos pelos leitores nacionais. Seu portfólio literário começou a ser lançado por aqui pela Intrínseca há três anos e meio. Em setembro de 2019, a editora carioca publicou “Pátria” (Intrínseca), a obra mais celebrada do escritor e dona de inúmeros prêmios mundo à fora. Agora a Intrínseca traz mais um título de Fernando Aramburu.
O enredo de “Quando os Pássaros Voltarem” aborda o drama de Toni, um melancólico e deprimido professor do ensino médio. Cansado da vida, o protagonista do romance decide morrer. Porém, ele se dá um ano de vida até o derradeiro momento. Com 365 dias pela frente, Toni se apressa para resolver as pendências mundanas e compreender os motivos pelos quais desistiu de viver. Com boas sacadas, reflexões espirituosas e texto cortante, Fernando Aramburu dá uma aula de como produzir uma narrativa ao mesmo tempo sensível e dramática. Não à toa, o autor conquistou as principais honrarias da literatura em língua espanhola como o Prêmio Mario Vargas Llosa e o Prêmio da Academia Real Espanhola. Agora só falta o Prêmio Miguel de Cervantes, né? Enquanto ele não chega, vale a pena conferir esse título.
Deixando os romances um pouco de lado, vamos falar das narrativas curtas. “Filho de Jesus” é a coletânea de contos de estreia de Denis Johnson que trouxe fama e prestígio ao escritor nascido na Alemanha e que viveu a maior parte da vida nos Estados Unidos. Não por acaso, esse livro é visto até hoje como o mais importante do portfólio ficcional de Johnson. Publicado originalmente em 1992, quando foi aclamado pela crítica literária e caiu no gosto do público leitor, “Filho de Jesus” só agora ganha uma versão em português no Brasil. Ou seja, tivemos que esperar 30 anos para ler em nosso idioma esse clássico da literatura norte-americana.
Nessa obra marcante, Denis Johnson apresenta em 11 pequenas histórias um tipo de protagonista bem peculiar: homens marginalizados da zona rural dos Estados Unidos. Enquanto usam drogas, cometem crimes (sejam pequenos roubos ou mesmo assassinatos) e sofrem de distúrbios emocionais, as personagens de Johnson retratam um tipo de país e de pessoas que normalmente não vemos em Hollywood. Com uma estrutura narrativa ousada e caótica (bem ao estilo de Jack Kerouac e da geração beat), “Filho de Jesus” é narrado por um rapaz extremamente problemático e pouquíssimo confiável.
O último livro que quero citar, e que ainda está nas narrativas curtas, é “As Margens e o Ditado”, a mais recente publicação de Elena Ferrante. Lançada na Itália em 2021 e agora traduzida para o português, essa coletânea de ensaios e crônicas é posterior a “A Vida Mentirosa dos Adultos” (Intrínseca), último romance da misteriosa escritora italiana. Nessa nova obra não ficcional, Ferrante comenta de maneira direta e clara os aspectos práticos e os elementos conceituais do seu processo criativo. Além da discussão sobre o fazer literário, ela também debate em “As Margens e o Ditado” a influência que a leitura teve em seu trabalho como escritora, principalmente os textos de outras mulheres engajadas e talentosas. E para os fãs da Tetralogia Napolitana, série formada por “A Amiga Genial” (Biblioteca Azul), “História do Novo Sobrenome” (Biblioteca Azul), “História de Quem Foge e de Quem Fica” (Biblioteca Azul) e “História da Menina Perdida” (Biblioteca Azul), podemos ainda conhecer mais detalhes da rivalidade entre Elena Greco (Lenu) e Rafaella Cerullo (Lila).
Como Elena Ferrante é uma das minhas autoras contemporâneas favoritas (ao ponto de eu ter feito a análise aprofundada de seu portfólio ficcional no Desafio Literário), admito que não consegui resistir e li “As Margens e o Ditado”. E preciso dizer que mergulhar na mente e no trabalho de uma das vozes mais poderosas e originais da ficção internacional (e da literatura italiana como um todo) é uma delícia. Constatar a lucidez, a sagacidade e a profundidade dos debates propostos por Ferrante é riquíssimo para quem curte literatura de altíssima qualidade. O único ponto negativo que preciso destacar é que, se você leu “Frantumaglia – Os Caminhos de Uma Escritora” (Intrínseca), a coletânea de ensaios e crônicas anterior de Elena Ferrante, “As Margens e o Ditado” se torna um pouco repetitivo às vezes. Em algumas partes do novo livro, tive a impressão de já ter lido aquilo em “Frantumaglia”.
Uma vez que já apresentei os destaques desse bimestre, posso, então, exibir a lista completa dos principais títulos que foram lançados do mercado editorial brasileiro em janeiro e fevereiro, né? Justo. Muito justo. Justíssimo. Na minha relação de novas obras, trago 110 livros da ficção e da poesia que foram publicados em nossas livrarias no primeiro bimestre de 2023. Confira aí:
FICÇÃO BRASILEIRA:
“A Contra-história – Volume 3 da Série A Contrapartida” (Valentina) – Uranio Bonoldi – Romance – 248 páginas.
“Porém Bruxa” (Suma) – Carol Chiovatto – Romance – 320 páginas.
“Aquele Mundo de Vasabarros” (Companhia das Letras) – José J. Veiga – Romance – 208 páginas.
“Marketing do Amor” (Intrínseca) – Renato Ritto – Romance – 528 páginas.
“Todos Nós Estaremos Bem” (Dublinense) – Sérgio Tavares – Romance – 192 páginas.
“Troia – O Romance de uma Guerra” (L&PM Fantasy) – Cláudio Moreno – Romance – 328 páginas.
“Calunga” (Alfaguara) – Jorge de Lima – Novela – 152 páginas.
“Pandora” (Fósforo) – Ana Paula Pacheco – Novela – 136 páginas.
“A Repetição” (Todavia) – Pedro Cesarino – Novelas – 144 páginas.
“O Corpo Desvelado – Contos Eróticos Brasileiros (1922-2022)” (CEPE Editora) – Eliane Robert Moraes (org.) – Coletânea de Contos – 592 páginas.
“Céu Ausente” (CEPE Editora) – Gustavo Rios – Coletânea de Contos – 128 páginas.
“Memórias de Teresa de Jesus” (Malê) – Martinho da Vila – Coletânea de Contos e Crônicas – 188 páginas.
“Papéis de Prosa: Machado de Assis & Mais” (Editora Unesp) – Antônio Carlos Secchin – Coletânea de Ensaios – 264 páginas.
“Papéis de Poesia II” (Editora Unesp) – Antônio Carlos Secchin – Coletânea de Ensaios – 242 páginas.
“Loba” (Pequena Zahar) – Roberta Malta – Infantojuvenil – 64 páginas.
“Vamos Desenhar Palavras Escritas?” (Companhia das Letrinhas) – Sofia Mariutti (autora) e Yara Kono (ilustradora) – Infantojuvenil – 40 páginas.
“Quibe, A Formiga Corajosa” (Companhia das Letrinhas) – Camila Fremder (autora) e Juliana Eigner (ilustradora) – Infantojuvenil – 32 páginas.
“A Foca” (Companhia das Letrinhas) – Vinicius de Moraes (autor) e Silvana Rando (ilustradora) – Infantojuvenil – 16 páginas.
“O Pato” (Companhia das Letrinhas) – Vinicius de Moraes (autor) e Silvana Rando (ilustradora) – Infantojuvenil – 16 páginas.
FICÇÃO INTERNACIONAL:
“Até os Ossos” (Suma) – Camille DeAngelis (Estados Unidos) – Romance – 296 páginas.
“Quando os Pássaros Voltarem” (Intrínseca) – Fernando Aramburu (Espanha) – Romance – 544 páginas.
“Mais Uma Vez, Olive” (Companhia das Letras) – Elizabeth Strout (Estados Unidos) – Romance – 328 páginas.
“O Evangelho do Novo Mundo” (Rosa dos Tempos) – Maryse Condé (Guadalupe/França) – Romance – 294 páginas.
“A Longa Marcha” (Suma) – Stephen King e Richard Bachman (Estados Unidos) – Romance – 288 páginas.
“Sobreviventes” (Verus) – Alex Schulman (Suécia) – Romance – 256 páginas.
“Gus” (Planeta) – Kim Holden (Estados Unidos) – Romance – 336 páginas.
“Os Oito Vestidos Dior” (Intrínseca) – Jade Beer (Inglaterra) – Romance – 416 páginas.
“As Mulheres do Meu Pai” (Tusquets) – José Eduardo Agualusa (Angola) – Romance – 336 páginas.
“O Amor da Minha Vida” (Record) – Rosie Walsh (Inglaterra) – Romance – 352 páginas.
“A Morte é Um Negócio Solitário” (Biblioteca Azul) – Ray Bradbury (Estados Unidos) – Romance – 320 páginas.
“A Causa da Morte” (Trama) – Kate London (Inglaterra) – Romance – 360 páginas.
“Os Corações Perdidos” (Intrínseca) – Celeste NG (Estados Unidos) – Romance – 336 páginas.
“Evguiêni Oniéguin” (Penguin-Companhia) – Aleksandr Púchkin (Rússia) – Romance – 304 páginas.
“Raça” (Globo Livros) – Geraldine Brooks (Austrália/Estados Unidos) – Romance –464 páginas.
“A República do Dragão – Volume 2 de A Guerra da Papoula” (Intrínseca) – R. F. Kuang (China) – Romance – 640 páginas.
“Recordações Pessoais sobre Joana D´Arc” (Martin Claret) – Mark Twain (Estados Unidos) – Romance – 576 páginas.
“Livro do Desassossego” (Todavia) – Fernando Pessoa (Portugal) – Romance – 528 páginas.
“Um Estranho Nos Meus Braços” (Arqueiro) – Lisa Kleypas (Estados Unidos) – Romance – 304 páginas.
“Boa Garota Nunca Mais – Volume 3 de Manual de Assassinato para Boas Garotas” (Intrínseca) – Holly Jackson (Inglaterra) – Romance – 496 páginas.
“No Rastro da Neve” (Rocco) – Danielle Paige (Estados Unidos) – Romance – 320 páginas.
“Síndrome da Boa Garota” (Paralela) – Elle Kennedy (Canadá) – Romance – 352 páginas.
“Pureza” (Todavia) – Garth Greenwell (Estados Unidos) – Romance – 224 páginas.
“O Retiro” (Intrínseca) – Sarah Pearse (Inglaterra) – Romance – 400 páginas.
“Um Pouco de Aventura” (Paralela) – Christina Lauren (Estados Unidos) – Romance – 352 páginas.
“Confusão em Dobro” (Rocco) – Stephanie Tromly (Filipinas) – Romance – 288 páginas.
“De Olho em Você” (Arqueiro) – Amy Lea (Canadá) – Romance – 320 páginas.
“Suave é a Noite” (Penguin-Companhia) – F. Scott Fitzgerald (Estados Unidos) – Romance – 488 páginas.
“As Histórias de Pat Hobby” (Dublinense) – F. Scott Fitzgerald (Estados Unidos) – Romance – 160 páginas.
“A Vida é Um Romance” (L&PM Editores) – Guillaume Musso (França) – Romance – 208 páginas.
“Friday Black” (Fósforo) – Nana Kwame Adjei-Brenyah (Estados Unidos) – Romance – 224 páginas.
“Arnett Lupin e a Agulha Oca” (Martin Claret) – Maurice Leblanc (França) – Romance – 296 páginas.
“813” (Principis) – Maurice Leblanc (França) – Romance – 384 páginas.
“A Outra” (Planeta) – Mary Kubica (Estados Unidos) – Romance – 336 páginas.
“Castelos Em Seus Ossos” (Arqueiro) – Laura Sebastian (Estados Unidos) – Romance – 400 páginas.
“A Garota Roubada” (Trama) – Tess Stimson (Inglaterra) – Romance – 376 páginas.
“Táticas do Amor” (Intrínseca) – Sarah Adams (Estados Unidos) – Romance – 304 páginas.
“Joana D´Arc” (Planeta Minotauro) – Katherine J. Chen (Estados Unidos) – Romance – 384 páginas.
“Pimenta & Mel” (Harlequin) – Bolu Badalola (Inglaterra) – Romance – 368 páginas.
“Absolutamente Romântico” (Arqueiro) – Lyssa Kay Adams (Estados Unidos) – Romance – 320 páginas.
“Viagem ao Redor do Meu Quarto” (Antofágica) – Xavier de Maistre (França) – Romance – 376 páginas.
“Mais Frio que Gelo” (Inside Books) – Jennifer L. Armentrout (Estados Unidos) – Romance – 432 páginas.
“A Ilha das Árvores Perdidas” (HarperCollins) – Elif Shafak (Turquia) – Romance – 352 páginas.
“Depois Daquele Sonho” (Universo dos Livros) – Angie Hockman (Estados Unidos) – Romance – 336 páginas.
“Middlemarch – Um Estudo de Uma Vida Provinciana” (Martin Claret) – George Eliot (Inglaterra) – Romance – 850 páginas.
“Presságios do Amor” (Harlequin) – Alexandra Bellefleur (Estados Unidos) – Romance – 400 páginas.
“É Proibido Matar” (Arqueiro) – Louise Penny (Canadá) – Romance – 368 páginas.
“Doutor Sax” (L&PM Pocket) – Jack Kerouac (Estados Unidos) – Romance – 288 páginas.
“A Pequena Padaria do Brooklyn” (Arqueiro) – Julie Caplin (Inglaterra) – Romance – 352 páginas.
“A Maldição do Fuso” (Melhoramentos) – Leslie Vedder (Estados Unidos) – Romance – 328 páginas.
“Nada Fica no Passado” (Faro Editorial) – Jennifer Hillier (Canadá) – Romance – 288 páginas.
“Gild – Volume 1 de A Prisioneira Dourada” (Astral Cultural) – Raven Kennedy (Estados Unidos) – Romance – 288 páginas.
“Dr. Love” (Alt) – Leisa Rayven (Austrália) – Romance – 432 páginas.
“O Despertar do Sonhador – Volume 3 da Série O Sonhador” (Verus) – Maggie Stiefvater (Estados Unidos) – Romance – 336 páginas.
“Agora Esse é o Nosso Mundo” (Faro Editorial) – Erik J. Brown (Estados Unidos) – Romance – 256 páginas.
“Órfãos de Amsterdã” (Melhoramentos) – Elle van Rijn (Holanda) – Romance – 304 páginas.
“A Morte do Adivinho” (HarperCollins) – Rudolph Fisher (Estados Unidos) – Romance – 304 páginas.
“Um Homem Chamado Ove” (Rocco) – Fredrik Backman (Suécia) – Romance – 320 páginas.
“Mário e o Mágico” (Companhia das Letras) – Thomas Mann (Alemanha) – Novela – 112 páginas.
“Sob o Mesmo Teto” (Arqueiro) – Ali Hazelwood (Itália) – Novela – 120 páginas.
“Presa com Você” (Arqueiro) – Ali Hazelwood (Itália) – Novela – 108 páginas.
“Departamento de Especulação” (Todavia) – Jenny Offill (Estados Unidos) – Novela – 136 páginas.
“Antígona” (Penguin-Companhia) – Sófocles (Grécia) – Peça Teatral – 232 páginas.
“Filho de Jesus” (Todavia) – Denis Johnson (Estados Unidos) – Coletânea de Contos – 112 páginas.
“A Vida Descalço” (Companhia das Letras) – Alan Pauls (Argentina) – Coletânea de Ensaios e Crônicas – 104 páginas.
“As Margens e o Ditado” (Intrínseca) – Elena Ferrante (Itália) – Coletânea de Ensaios e Crônicas – 128 páginas.
“Mil Batidas do Coração” (Seguinte) – Kiera Cass (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 496 páginas.
“Contato de Emergência” (Intrínseca) – Mary H. K. Choi (Coreia do Sul) – Infantojuvenil – 416 páginas.
“Os 99 Namorados de Micah Summers” (Alt) – Adam Sass (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 384 páginas.
“Morre Aqui (Valentina) – Abigail Haas (Inglaterra) – Infantojuvenil – 288 páginas.
“Tartaruga” (Companhia das Letrinhas) – Ángela Cuartas (Colômbia) e Dipacho (Colômbia) – Infantojuvenil – 48 páginas.
“Respire Fundo” (Companhia das Letrinhas) – Sujean Rim (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 48 páginas.
“De Onde Vêm os Penicos?” (Brinque-Book) – Guido van Genechten (Bélgica) – Infantojuvenil – 40 páginas.
“Dente-de-leão mágico” (Globinho) – Darren Farrell (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 40 páginas.
“Será que a Terra Sente?” (Pequena Zahar) – Marc Majewski (França) – Infantojuvenil – 40 páginas.
“As Maravilhas da Água” (Brinque-Book) – Philip Bunting (Inglaterra/Austrália) – Infantojuvenil – 36 páginas.
“Ranheta Ruge Rosna” (Boitatá) – bell hooks (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 36 páginas.
“Posso Ficar no Meio?” (Companhia das Letrinhas) – Susanne Strasser (Alemanha) – Infantojuvenil – 32 páginas.
“Tem um Leão na Floresta!” (Globinho) – Mônica Carnesi (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 32 páginas.
“Corpo, Corpinho, Corpão” (Brinque-Book) – Mey Clerici e Ivanke (Argentina) – Infantojuvenil – 32 páginas.
“Quero Um Abraço” (Companhia das Letrinhas) – Simona Ciraolo (Itália) – Infantojuvenil – 32 páginas.
“A Fada Mamãe e Eu: Desejos de Unicórnios Volume 3” (Galera Junior) – Sophie Kinsella e Marta Kissi (Inglaterra) – Infantojuvenil – 28 páginas.
POESIA BRASILEIRA:
“Do Fim ao Princípio – Poesia Completa Adalgisa Nery” (José Olympio) – Paulo Ramon Nunes Mello (org.) – 560 páginas.
“Poesia” (Companhia das Letras) – Paulo Mendes Campos – 512 páginas.
“Slam Coalkan” (Malê) – Abigail Llanque, Auritha Tabajara, Brisa Flow, Edivan Fulni Ô, Fernanda Vieira, Ian Wapichana, Kandu Puri, Oxóssi Karajá, Renata Tupinambá, Wescritor, Bobby Sanchez, Ecoaborijanelle, Jennifer Alici Murrin, Juan Sant, K'alli Luuyaltkw, Kahsenniyo Kick, Sarah Lewis e Zoey Roy – 216 páginas.
“Jet Lag – Poemas para Viagem” (Companhia das Letras) – Waly Salomão – 128 páginas.
“Melro” (Editora 34) – Edimilson de Almeida Pereira – 112 páginas.
“De Atlântico Cor” (Patuá) – Katyuscia Carvalho – 112 páginas.
“Petrovírgula” (Círculo de Poemas) – Lucas Litrento – 80 páginas.
Em março, voltarei à coluna Mercado Editorial para trazer os livros ficcionais mais vendidos no Brasil em 2022. E em abril, apresentarei para os leitores do Bonas Histórias a lista dos títulos da ficção e da poesia que serão publicados nas livrarias brasileiras no segundo bimestre de 2023. Até a próxima, pessoal!
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