Publicada em julho de 2021, essa obra do escritor mineiro apresenta a realidade contemporânea por meio da releitura de clássicos literários.
Nesse final de semana, reli “Janelas Visitadas” (Sete Autores), a primeira coletânea de contos de Roberto Marcio, escritor e tradutor mineiro que vem exibindo bons trabalhos literários nos últimos doze meses. No finalzinho de 2020, Roberto lançou o ótimo “Andante das Gerais” (Páginas Editora), coletânea de crônicas que marcou sua estreia na literatura comercial no papel de autor. Nesse título, ele abordou a paixão por viajar e relatou os ensinamentos obtidos por conhecer pessoas, culturas, idiomas e locais diferentes. Quem acompanha com frequência o Bonas Histórias deverá se lembrar que já comentamos por aqui essa obra. O post de “Andante das Gerais” saiu em junho na coluna Livros – Crítica Literária. Em 2021, dessa vez no papel de tradutor, Roberto Marcio publicou uma nova versão para o português de “A Revolução dos Bichos” (Dialética), fábula clássica de George Orwell. Ou seja, o período pandêmico tem sido de intensos lançamentos para Roberto – dois livros autorais e uma tradução em doze meses é uma excelente média, né? Ah se todos os artistas aproveitassem a fase de quarentena dessa forma!!!
Li pela primeira vez “Janelas Visitadas” há cerca de oito meses, quando o livro estava ainda em fase final de preparação (ele encontrava-se na iminência de ser enviado para a gráfica). De maneira muito gentil, Roberto Marcio pediu que eu fizesse o prefácio da coletânea, sua primeira publicação autoral no campo da ficção (afinal, “Andante das Gerais” deve ser visto como um título não ficcional). Quem me conhece sabe que não consigo resistir a esse tipo de convite, principalmente quando gosto do texto e da linha editorial do escritor. Passados alguns meses dessa leitura inicial e do envio do prefácio (que me encheu de orgulho), pude rever “Janelas Visitadas” agora com um olhar mais frio, mais técnico. E, mesmo assim, confesso que continuei apreciando a qualidade das narrativas curtas de Roberto Marcio. De um jeito muito habilidoso, ele conseguiu relacionar, nessa publicação, o retrato fidedigno de nossa sociedade atual (ora ácido, violento, contraditório e aterrorizante, ora engraçado, bonito, altruísta e apaixonante) com a reconstrução de histórias clássicas da literatura e do cinema. Impossível não apreciar uma proposta ousada, divertida e inteligente como essa!
Roberto Marcio é natural de Nova Lima, cidade localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, e mora há algumas décadas na capital mineira. Formado em Letras e com mestrado em Educação Tecnológica, ele é, além de escritor e tradutor, professor de idiomas, revisor e redator. A ideia de escrever “Janelas Visitadas” surgiu logo depois do lançamento de “Andante das Gerais”. Ainda no final de 2020, Roberto sentiu a vontade de embarcar com tudo na produção ficcional. Aí ele começou a escrever uma série de contos, aproveitando-se que a quarentena da Covid-19 ainda persistia e da lenta volta às aulas. Em pouco mais de quatro meses, ele já tinha um bom número de histórias. Elas foram inspiradas por ideias extraídas de suas andanças por esse mundão (Minas Gerais, Brasil e exterior), pelas suas memórias (principalmente da infância e da juventude), por situações vividas profissionalmente (como professor e tradutor) e pela sensibilidade de detectar as angústias sociais dos dias atuais. Obviamente, o escritor temperou com muita ficção cada flash e insight criativo (essa é uma coleção ficcional e não uma obra de memórias). Depois disso, seu trabalho consistiu em escolher as melhores tramas, lapidá-las um pouco mais e integrá-las em uma só linha editorial (condição sine qua non para qualquer coletânea textual de boa qualidade). Surgia, assim, a coleção de contos que temos hoje em mãos.
As 23 narrativas de “Janelas Visitadas” são: (1) “Um Flautista para Luna”, (2) “Fantasias na Terra do Ouro”, (3) “Reviravolta”, (4) “Protagonista Precavida”, (5) “Enigma na Chapada”, (6) “O Cruzeiro dos Mascarados”, (7) “Sessão de Terapia”, (8) “Residentes Cabulosos”, (9) “Alícia em Milho Verde”, (10) “Romântico Roteiro”, (11) “Big Mother”, (12) “Fobia”, (13) “Rick & Rex”, (14) “O Grito Recorrente”, (15) “A Outra Face”, (16) “Pedro e o Lobo”, (17) “Ariadne”, (18) “Um Corpo que Cai”, (19) “O Farol na Costa do Sol”, (20) “Voo Noturno”, (21) “O Tradutor”, (22) “O Inferno na Torre” e (23) “Reencontro”.
“Um Flautista para Luna”, o conto inicial do livro de Roberto Marcio, mostra o drama de Luna, uma das poucas estudantes negras de um colégio particular de elite. Alvo de bullying dos colegas racistas, a adolescente pensa em largar os estudos. Contudo, um acontecimento inesperado mudará a vida de Luna e a dinâmica escolar. Em “Fantasias na Terra do Ouro”, Edgar, nascido em Nova Lima, relembra saudosamente os Carnavais na cidade natal na época de sua infância e juventude. Honório, o protagonista de “Reviravolta”, é um rico empresário dono de uma rede de cinemas. Preconceituoso, ele odeia os moradores de rua, que em sua visão devem ser exterminados sumariamente.
“Protagonista Precavida”, a quarta história de “Janelas Visitadas”, revela a visão de mundo de Clara, uma menina de oito anos que adora ouvir histórias antes de dormir. Em “Enigma na Chapada”, Joaquim, mineiro de Contagem que adora passeios de ecoturismo, narra para um amigo a experiência insólita que teve na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. “O Cruzeiro dos Mascarados”, por sua vez, é a alegoria política ambientada em um reino comandado por um tirano insensível e amalucado. Quando um vírus mortal abala o país (e o mundo), o monarca embarca em um cruzeiro privativo e luxuoso ao lado de integrantes da elite local.
Sétima narrativa do livro, “Sessão de Terapia” mostra os traumas escolares que ainda hoje atormentam Otto. O rapaz fala para o psicanalista sobre os assédios morais praticados por uma professora quando ele ainda era estudante. Em “Residentes Cabulosos”, Everton viaja para o sítio de um casal de amigos em um final de semana. Alojado em um quarto distante da casa principal, o hóspede vivencia uma noite aterrorizante. “Alícia em Milho Verde” descreve a migração de Alícia para o Brasil. Natural de Macondo, capital de um reino onde a censura e a perseguição política dão à tônica, a moça vai morar em Milho Verde, pequena cidade no interior de Minas Gerais.
“Romântico Roteiro” narra a viagem de férias de dois casais que são muito amigos desde os tempos da universidade. Eles vão para Poços de Caldas e querem curtir momentos de romantismo e de amizade na cidade turística. “Big Mother”, o décimo primeiro conto dessa obra de Roberto Marcio, mostra o drama de Henrique, um adolescente tímido e pacato. Sua rotina é abalada após ele aceitar o convite para participar de um projeto psicológico-científico. Em “Fobia”, Kadu, jovem de 25 anos, tem pavor de pombos, o que o coloca às vezes em situações embaraçosas. “Rick & Rex” relembra a relação afetuosa que Ricardo tinha na infância com seu cachorrinho de estimação. Adulto, ele continua adorando os animais e fica indignado quando vê uma notícia sobre violência contra os bichos.
“O Grito Recorrente” se passa no novo apartamento que Marlon alugou após a separação. Morando sozinho, o rapaz pode aproveitar a tranquilidade e a liberdade da vida de solteiro. Isso até gritos infantis começarem a perturbar sua rotina. Tereza, a protagonista de “A Outra Face”, é uma senhora mineira que vive a aposentadoria no Rio de Janeiro. Muito altruísta e sociável, ela ajuda viajantes estrangeiros em passagem pelo Brasil. Todavia, o dia a dia tranquilo e alegre de Tereza esconde segredos sinistros. “Pedro e o Lobo”, o décimo sexto conto de “Janelas Visitadas”, revela os traumas infantis de Pedro, atualmente um rapagão de 30 anos. Desde os oito anos, quando viajou com os pais e um tio para o Parque do Caraça, em Minas Gerais, ele tem pesadelos com um lobo-guará que invade seu quarto no meio da noite para devorá-lo.
Em “Ariadne”, conhecemos o amor platônico que Arnaldo, atualmente um professor de Língua Portuguesa, tinha na época de estudante do ensino fundamental. Sua amada naqueles tempos era Ariadne, a jovem, bonita e moderna professora de Biologia. “Um Corpo que Cai” retrata a aglomeração formada no meio da rua após um corpo cair do alto de um prédio. Os curiosos discutem o que teria acontecido para alguém ter voado pela janela. “O Farol na Costa do Sol”, a décima nona narrativa da coletânea, é protagonizada por Jean, um francês apaixonado pelo Brasil, pela nossa cultura e pela nossa música. Porém, ele nunca visitou o país sul-americano que tanto admira. Para encerrar essa mácula em sua biografia, Jean programa uma viagem turística para o Rio de Janeiro. “Voo Noturno” mostra um grupo heterogêneo de passageiros que embarca em um voo internacional. O avião tem como destino outro continente e voará por muitas horas.
“O Tradutor” é a antepenúltima trama do livro. Osmar foi contratado para ser o intérprete do Sr. Larry, um empresário norte-americano que veio ao Brasil à negócios. Quando o gringo começa a flertar com uma brasileira que não fala uma palavra sequer de inglês, Osmar precisará intermediar a comunicação entre o casal. Em “O Inferno na Torre”, Daniel Lucas relata o dia que ficará para sempre marcado em sua memória. Natural de Minas Gerais, o rapaz morou muitos anos nos Estados Unidos. Por fim, o relato de “Reencontro” mistura sonhos, lembranças, saudades, promessas e esperanças de um filho que teve uma relação conturbada com o pai.
“Janelas Visitadas” possui 148 páginas. Além dos 23 contos de Roberto Marcio, essa obra traz: um ótimo prefácio (brincadeirinha!), introdução e posfácio produzidos pelo próprio autor (na qual detalha a proposta do livro), notas explicativas (com comentários de Roberto sobre cada uma das histórias de sua coletânea) e, por fim, fotografias de viagens (cenários, locais e paisagens que inspiraram o escritor mineiro a produzir as narrativas que pudemos acompanhar). “Janelas Visitadas” tem um texto fluído e tramas convidativas. Por isso mesmo, sua leitura é muito dinâmica/rápida. Precisei de cerca de duas horas e meia, no último domingo à tarde, para percorrer integralmente seu conteúdo. Dá para ler esse livro tranquilamente em uma única tarde/noite. Quem tiver mais fôlego, conseguirá lê-lo em uma sentada só. Do contrário, duas ou três aberturas de livro serão suficientes para o(a) leitor(a) ir da primeira à última página.
O meu conto favorito de “Janelas Visitadas” é “Alícia em Milho Verde”. Essa história brinca com a realidade política atual através da reconstrução de uma narrativa clássica – “Alice no País das Maravilhas” (Cosac Naify), o livro mais famoso de Lewis Carroll. Quanto mais bagagem literária e quanto mais bom senso político os leitores de “Janelas Visitadas” tiverem, mais interessante “Alícia em Milho Verde” se tornará aos seus olhos. A impressão que tive é que esse conto faz referências literárias e políticas a cada linha. Incrível isso! O mais maravilhoso foi ver que essa característica não é exclusiva dessa história, mas de muitas narrativas curtas de Roberto Marcio.
Também gostei muito de “Um Flautista para Luna”, “O Cruzeiro dos Mascarados”, “Romântico Roteiro” e “Um Corpo que Cai”. Talvez o mais interessante dessa coletânea seja o fato de que não há uma trama ruim em suas páginas (algo que seria normal em se tratando de mais de duas dezenas de histórias). O único conto que me pareceu um pouco inverossímil é “O Inferno na Torre”. Apesar disso, ele não é ruim – é apenas difícil de acreditar que da escada de incêndio interna do prédio, as pessoas pudessem ver/saber o que estava acontecendo do lado de fora.
Uma das principais características que chama a atenção em “Janelas Visitadas” é a variedade de gêneros literários utilizados por Roberto Marcio para construir sua coletânea de contos. Temos nesse livro retratos do cotidiano, releituras de clássicos literários, narrativas sobrenaturais, histórias fantásticas, suspense, terror, enredos românticos, aventura, crítica social, alegoria política, tragicomédias, ficção científica e passagens que flertam com as crônicas. Essa multiplicidade narrativa é um dos grandes charmes de “Janelas Visitadas”. A gente embarca nas histórias sem saber para onde elas vão caminhar. Não à toa, acabamos invariavelmente surpreendidos com os desfechos.
Diante de tramas tão diferentes entre si, Roberto Marcio precisou reforçar os componentes que dão unidade à sua coleção textual. Dessa maneira, logo no começo de cada conto, surgem as janelas (elemento que serve como uma abertura da alma das personagens e um espelho do mundo – real e/ou ficcional). É interessante notar como as janelas se relacionam com todas as histórias do livro. A única coisa que não concordei/gostei foi com a repetição da citação das janelas sempre no início dos enredos. Acho que seria interessante variar a posição delas – no meio ou mesmo no final. Assim, os leitores teriam que procurá-las no texto, o que exigiria uma leitura mais atenta e profunda.
Outros aspectos integradores da coletânea são: (1) o uso recorrente de flashbacks; (2) o narrador engajado (extremamente crítico com nossa realidade); (3) a atmosfera de viagem (o que transforma “Janelas Visitadas” em uma continuação informal de “Andante das Gerais”); (4) o ambiente escolar (personagens são professores ou alunos); (5) protagonistas tímidos, introspectivos e com uma infância conturbada (lembrando um pouco a biografia do autor exposta na parte 1 de “Andante das Gerais”); (6) e a fortíssima intertextualidade – literária (“Um Flautista para Luna”, “Protagonista Precavida”, “O Cruzeiro dos Mascarados”, “Residentes Cabulosos” e “Alícia em Milho Verde”), cinematográfica (“Fobia”, “Um Corpo que Cai” e “O Inferno na Torre”), musical (“Ariadne” e “O Farol na Costa do Sol”) e televisiva (“Um Flautista para Luna” e “Big Mother”).
Por falar em intertextualidade, esse foi um dos aspectos que mais gostei do novo livro de Roberto Marcio. O autor usa sua erudição e sua vasta cultura de maneira muito natural, não complicando a leitura nem tornando suas histórias indecifráveis (erro muito comum no trabalho de pessoas cultas). Roberto brinca de reconstruir várias narrativas clássicas da literatura (títulos de Edgar Allan Poe, Lewis Carroll, Gabriel García Márquez, Irmão Grimm e Charles Perrault) e do cinema/televisão (filme de Alfred Hitchcock e novela de Cassiano Gabus Mendes) sem complicar a experiência de quem não conhece os originais (que imagino ser a maioria do público leitor em nosso país). Por outro lado, essa sutileza confere um ar de segredo oculto às tramas. É como se as pessoas com maior repertório tivessem que caçar os tesouros escondidos em cada página, em cada conto de “Janelas Visitadas”. Adorei esse caráter lúdico e rico do texto.
Outros elementos que merecem elogios são: a manutenção da mineiridade (conceito trazido em “Andante das Gerais” e que permanece forte nessa coletânea de contos); a linguagem moderna, descolada, jovial e dinâmica que confere uma pegada dialógica ao livro (recurso nem sempre fácil de se obter); as citações iniciais dos contos continuam ótimas (digo continuam porque esse expediente já tinha sido usado em “Andante das Gerais”); as críticas sociais são trazidas tanto pelos narradores quanto pelas personagens principais (normalmente não gosto de narradores muito didáticos nem de protagonistas planos, mas nessa obra essas características caíram bem); a ambientação de terror em algumas tramas (como fã desse gênero, sou suspeito para falar, mas adorei o tom macabro de várias histórias); e a boa construção de cenários (parece que estamos viajando com o autor e com suas personagens).
Também preciso destacar a estrutura convencional das narrativas curtas de Roberto Marcio. Depois de sofrer pra caramba, nos últimos dois meses, com as invencionices (muitas vezes maluquices de gosto duvidoso) das coletâneas de contos e dos romances de Julio Cortázar (terceiro autor analisado no Desafio Literário desse ano), foi um alívio ler algo mais formal, mais certinho. O foco de “Janelas Visitadas” está na qualidade das histórias em si e não tanto em sua estrutura narrativa. Achei acertada essa opção de Roberto Marcio. Na maioria das vezes, o que queremos como leitores é assistir a boas tramas ficcionais sem precisar reconstruir em nossa mente o texto recebido.
Por falar na literatura de Cortázar, algo que me fez lembrar muito os textos do escritor argentino foi a mistura de realidade e ficção em “Janelas Visitadas”. A sensação que temos nesse livro é de estarmos acompanhando uma intrincada fusão de fatos extraídos do nosso dia a dia com elementos criados pela imaginação do autor mineiro. Quase sempre é difícil apontar onde começa e termina a ficção e onde começa e termina a realidade (está aí justamente a riqueza de uma boa obra literária, né?). O que potencializa essa impressão é o caráter quase de crônica dos textos de “Janelas Visitadas”. Gostei muito disso. Até para tirar essa falsa impressão de estarmos diante de crônicas e não de contos, Roberto Marcio apresentou, no final do título, uma explicação breve sobre cada uma das histórias da coleção. Nesse momento, notamos o caráter essencialmente ficcional do livro (com doses autobiográficas).
Outro acerto de Roberto Marcio foi a escolha das temáticas de suas histórias. Temos, em “Janelas Visitadas”, um panorama fiel dos desafios enfrentados pela nossa sociedade nesse início da terceira década do século XXI: racismo, homofobia, desigualdade social, bullying escolar, violência psicológica, disseminação de fake news, destruição dos sistemas democráticos, retorno de governos fascistas, assédio moral, golpes virtuais, corrupção, organizações criminosas com atuação internacional/global, estupro, feminicídio, suicídio, patologias sexuais, busca desmedida pela fama, praga dos programas de reality show, papel contraditório das redes sociais, tráfico de órgãos, violência contra os animais... É inegável o caráter atual desses assuntos – e eles foram muito bem explorados nos contos.
De pontos negativos de “Janelas Visitadas”, posso citar algumas passagens muito sumarizadas (ao invés de transformar momentos importantes do conto em cenas, o autor opta pelo sumário), o forte maniqueísmo das personagens e das narrativas (o certo e o errado são expostos incondicionalmente, não existindo gradações e/ou nuances – tudo é 8 ou 80) e a mania dos narradores de explicar as coisas pela perspectiva moral – lição de moral (gosto quando os leitores chegam às conclusões por conta própria e não quando são levados forçadamente a determinados lugares/opiniões). Porém, esses aspectos não atrapalham em nada a experiência de leitura, que é muito positiva no geral.
Depois de “Janelas Visitadas” e “Andante das Gerais”, reconheço que estou aguardando ansioso o próximo trabalho autoral de Roberto Marcio. O que será que virá pela frente, hein? Uma novela? Um romance? Uma nova coletânea de contos ou de crônicas? Aguardemos as novidades desse bom nome da literatura mineira contemporânea. Se ele continuar com a intensidade dos últimos meses, não será surpresa nenhuma se nos depararmos com um novo título em nossa próxima visita às livrarias. Será? Tomara!
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