Fundada em 1989, a tradicional casa de salgados e pastéis da Zona Norte paulistana é parada obrigatória para quem está na região ou visita o Parque Estadual do Jaraguá.
Dessa vez, vamos de pastel, senhoras e senhores! E de salgados: esfiha, coxinha, espetinho de frango, kibe, risólis, empadinha, enroladinho, bolinho de bacalhau e bolinho de carne. Se você preferir lanche (beirute, hamburguer e sanduba natural), também há algumas opções nessa linha no nosso cardápio. Para quem não abre mão de um bom e farto acompanhamento, que tal uma porção generosa de batata frita, salame, contrafilé, filé de frango ou calabresa, hein?! Tudo isso regado, claro, com cerveja, caldo de cana, água, refrigerante, suco natural e suco em polpa. Se ainda sobrar espacinho no estômago, por que não pedir de saideira bolo, sorvete, torta ou doce caseiro? Hummmmmmmmm. Quem estiver de regime, por favor, saia imediatamente da frente da tela. Este post do Bonas Histórias não foi feito para você. Ele é direcionado apenas as almas, como a minha, que já foram condenadas há muito tempo pelo pecado (ou seria apenas vício?!) da gula.
Trago hoje à coluna Gastronomia a minha lanchonete favorita em Pirituba, bairro da Zona Norte da cidade de São Paulo. Depois de comentar com vocês, no segundo semestre de 2022, uma kebaberia (Kebab Paris) e um barzinho de culinária árabe (Shawarma Anwar) de Perdizes, bairro elitizado da Zona Oeste de São Paulo, resolvi, como diria Rita Lobo, desgourmetizar. E para tal, caminhei (literalmente) alguns quilômetros em direção ao subúrbio paulistano. Nada melhor do que uma boa e velha pastelaria para matar a fome e alegrar as papilas gustativas de um caminhante inveterado (e pra lá de guloso). Daí a protagonista do novo post do blog ser, que rufam os tambores, ela: a magnânima, única e sempre prazerosa Pastelaria Malta Brasileira!!!
Conheço a Malta Brasileira há cerca de dez, doze anos. Desde então, a frequento com certa regularidade. Ela é o meu ponto de parada obrigatório quando caminho até o Parque Estadual do Jaraguá, passeio que faço mais ou menos a cada dois meses. Adoro caminhar pela enorme área verde na saída da cidade. Quando vou ao parque, costumo percorrer a Trilha do Pai Zé rumo ao Pico do Jaraguá. E terminada a andança pelo mato, invariavelmente sigo para a lanchonete da Zona Norte paulistana. Quem me acompanha pelas andanças por São Paulo sabe que depois do bate-perna tem o bate-rango. Há quem só aceite andar comigo (beijo, Mara!) por saber que terá comes e bebes depois. Aí a Pastelaria Malta Brasileira se torna um oásis no deserto. Ou mesmo o paraíso depois de horas intermináveis no purgatória. Juro que não entendo quem sofre e reclama de andar comigo (abraço, Paulinho!).
Por falar nisso, o programa aeróbico pelo Parque do Jaraguá (subir o Pico do Jaraguá exige fôlego, tá?) foi por muito tempo o principal post do Bonas Histórias. Nos primeiros quatro anos do blog, a matéria que fiz para a coluna Passeios sobre a caminhada pela trilha do Pai Zé figurou na primeiríssima posição em número de acessos. Eram quase mil visualizações mensais para o post, num período em que não tínhamos nem três mil visualizações por mês no site todo. Sua primazia só acabou, para meu alívio, quando o conteúdo de literatura e cinema (a essência do Bonas Histórias) ganhou as primeiras páginas nos sistemas de busca. Obrigado, Deus SEO!!! Juro que eu rezo toda noite para ti! Quem sabe não faça oferendas com muitos pastéis, esfihas e espetinhos de frango na próxima vez.
Confesso que desde a época em que o post da coluna Passeios era o campeão de visualizações no Bonas Histórias, eu pensava cá com meus botões: preciso escrever sobre a Pastelaria Malta Brasileira, preciso escrever sobre a Pastelaria Malta Brasileira, preciso escrever sobre a Pastelaria Malta Brasileira... Para mim, a caminhada pelo Parque Estadual do Jaraguá está para a lanchonete de Pirituba assim como o macarrão está para o molho de tomate. Eles combinam tanto como Claudinho e Buchecha, corrupção e Brasília, Interlagos e automobilismo, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, Rede Globo e novela, Brasil e futebol, arroz e feijão, Santa Catarina e bolsonaristas, sol e praia, TikTok e dancinhas, Eduardo e Adriana (não me venha com Mônica, não é Dudu?), Corinthians e sofrimento, beleza e Scarlett Johansson, aula de dança e Dança & Expressão, cinema e pipoca e diversão e Cartas Mágicas.
O fato é que sempre que caminho por aquela região (eu moro no Parque São Domingos e ir andando pelo Jaraguá passando por Pirituba é tão trivial como ir a pé até a padaria da esquina), paro e me farto na Malta Brasileira. E quase nunca me arrependo do que provo por lá. Na minha última visita ao estabelecimento, no comecinho deste ano, tive a companhia animada de um grupo querido de corajosos caminhantes. Beijo, Marcelinha e Mara. Abraços, Paulinho e Enzo! Depois de subirmos e descermos o Pico do Jaraguá em pleno Verão paulistano (o calor pode ter demorado para aparecer, mas chegou com tudo!) rumamos cansados e com muita fome para a melhor lanchonete da Zona Norte de São Paulo.
Fundada em 1989 e localizada no número 980 da Avenida Agenor Couto de Magalhães, a Pastelaria Malta Brasileira se destaca pela qualidade dos pastéis e dos salgados e pelo espaço generoso do salão. Antes que alguém reclame das minhas coordenadas geográficas, alerto que quando eu digo que o estabelecimento fica em Pirituba, estou ajudando os interessados a se situar. Na realidade, o nome do bairro é Jardim Regina, que fica entre Pirituba e Jaraguá. A lanchonete está muito próxima do penúltimo viaduto que passa sobre a Rodovia Bandeirantes no sentido interior-capital. No sentido contrário, capital-interior, seria o segundo viaduto que passa sobre a estrada, uma das principais do Estado de São Paulo.
A origem portuguesa da família dos primeiros proprietários da pastelaria de Pirituba (ou do Jardim Regina, como preferir!) fica evidente na nova logomarca (tem a bandeirinha lusa ao lado da bandeira brasileira) e no nome do estabelecimento. Criada no século XI, Malta era uma das ordens de cavalheiros cristãos que lutou durante a Idade Média nas Cruzadas. Obviamente, ela agia segundo os interesses e desígnios do Papa, da Igreja Católica e dos suseranos europeus e tinha como principal inimigo os povos islâmicos. No século XIV, a Ordem de Malta atuou como força de segurança política em Portugal, um dos países mais católicos do velho continente e um dos primeiros a ter reinado centralizado, o que exigia uma tropa leal ao monarca e que visse os islâmicos como adversários. É preciso dizer que aqueles eram tempos da Reconquista na Península Ibérica.
Atualmente, malta é uma gíria portuguesa que designa o coletivo de amigos, pessoas próximas, colegas. Por exemplo, ao invés de eu falar que minha turma/galera é formada por Marcela, Paulo, menina Mara e menino Enzo, eu falaria, se morasse em Portugal, que minha malta é constituída por Má, Paulinho, rapariga Mara e puto Enzo. Viram só a enrascada que vocês se livraram, Rose e Alan, por não terem ido à caminhada ao Pico do Jaraguá?! E por falar em Malta, não poderia perder a piada. Essa é para você, Jaquinha: “Vamos todos cantar de coração. A Cruz de Malta é o meu pendão”. Pronto falei!
Depois desses parênteses (desculpem-me pelos incontáveis e longos devaneios!), voltemos ao assunto principal deste post da coluna Gastronomia. Assim que chegamos à Pastelaria Malta Brasileira, notamos que ela possui um amplo estacionamento, que é compartilhado com o açougue (Carnes Souza), a adega (Adega do Bigode), a loja de instrumentos e produtos odontológicos (Dental Ice) e a banca de jornal. Basicamente, os cinco estabelecimentos dividem o espaço do prédio no meio do quarteirão. Na frente do edifício, há vagas para aproximadamente oito carros. No estacionamento lateral, outras 14 ou 15 vagas são disponibilizadas aos clientes. Ou seja, dá para mais de 20 veículos pararem ali simultaneamente, um privilégio que só mesmo as regiões mais afastadas do centro urbano têm.
No lado de dentro, a Malta Brasileira oferece um amplo salão. No centro, temos a copa, onde os salgados são apresentados aos clientes em estufas. Ao fundo fica a cozinha. Ao redor da copa, temos dois salões. O salão principal fica à esquerda (de quem entra) e possui sete mesas (com capacidade total para 28 pessoas). É nessa parte da casa que ficam os banheiros (um masculino e um feminino, ambos adaptados para pessoas com deficiência física), as geladeiras (de bebidas e doces), o balcão (com mais seis, sete assentos para os clientes que desejam ficar próximos à copa) e o caixa. Por ser o centro pulsante do negócio, essa área da Pastelaria Malta Brasileira é a mais movimentada e barulhenta. O salão secundário fica à direita (de quem entra) e tem 13 mesas, que comportam até 62 visitantes. Essa é a parte mais tranquila da casa, onde dá para comer e beber com mais conforto e silêncio. Infelizmente, nos horários de menor movimento, esse setor da lanchonete fica fechado, o que nos priva de um pouco de privacidade.
Além de possuir um salão grande e confortável (com capacidade para comportar aproximadamente 100 clientes simultaneamente), a Malta Brasileira também recebe muitas encomendas para delivery. Basta ficar cinco minutos no interior da lanchonete para ver os gigantescos e inúmeros pacotes de salgados que saem da cozinha e da copa e são levados para o caixa e, depois, para o estacionamento. Às vezes, acho que as vendas externas são superiores em quantidade e em faturamento do que as vendas internas. Porém, isso é apenas a impressão de um cliente ocasional que fica bisbilhotando o movimento.
Até pelo nome, o carro-chefe da Pastelaria Malta Brasileira é, obviamente, o pastel. Se você é fã desse quitute tão típico das feiras livres paulistanas, na certa não ficará decepcionado(a) com a versão do estabelecimento de Pirituba. Se os pastéis da Malta Brasileira não são inesquecíveis (já comi melhores por aí), pelo menos estão muito acima da média. Há três tipos desse produto por lá: os simples, os especiais e os doces. Os pastéis simples são um pouquinho menores em tamanho do que os encontrados nas feiras livres da cidade, mas têm muito mais recheio (esqueça os recheios de vento!!!). Os sabores são os clássicos: carne, queijo, palmito, pizza, frango e calabresa. O preço unitário é de R$ 8,50 e está na média dos valores encontrados nas ruas de São Paulo (de R$ 8,00 a R$ 9,00).
Quando o assunto é pastel, a melhor opção na Malta Brasileira está nos itens especiais. Aí, esqueça o tamanho convencional, a falta de recheio na parte de cima (um problema crônico deste tipo de produto) e as massas gordurosas que às vezes encontramos nas feiras da capital paulista. Os pastéis especiais da Malta Brasileira são maiores (de 20 a 30% mais compridos do que as versões típicas das feiras livres), têm muito mais recheio (e põe muito nisso!) e possuem massa sequinha (como deve ser). Além disso, eles são preparados na hora, o que os deixa sempre frescos.
Confesso que é até difícil dizer qual é a melhor opção de pastel especial da casa. A impressão é que o cliente ficará satisfeito independentemente da escolha. Além dos sabores clássicos, há uma infinidade de ingredientes e combinações. Eu costumo pedir o de pizza (queijo, tomate e orégano – R$ 14,00) ou o de carne com catupiry (R$ 16,00). Os preços dos pastéis especiais vão de R$ 14,00 (sabores tradicionais: carne, calabresa, pizza, queijo ou palmito) a R$ 20,00 (camarão ou bacalhau). Pelo tamanho maior do que o convencional (eles são servidos em uma travessa e vêm cortados ao meio), não se assuste com o preço desse produto da Pastelaria Malta Brasileira. O custo-benefício é excelente! Dependendo da escolha, o pastel especial poderá valer por uma refeição. Lembre-se disso antes de se empolgar e pedir previamente um monte de coisa.
Por fim, a terceira categoria de pastel é a doce. Os tamanhos e a quantidade de recheio dessa opção são idênticos aos dos pastéis simples. Ou seja, são um pouco menores do que o convencional, mas são bastante recheados. Seus valores variam de R$ 8,00 (banana com canela) a R$ 15,50 (morango com chocolate). Como não sou muito fã de pastel doce (juro que nunca vi graça em misturar doce e/ou fruta com fritura), não posso dizer se os itens dessa parte do cardápio são bons/acima da média ou ruins/abaixo da média. O que posso garantir é que conheço alguém com o paladar de formiga que não resistia ao pastel de morango com chocolate da Malta Brasileira. Saudades, Thalita! Esse alguém era tão fã deste sabor que nunca aceitou me dar um teco para que eu provasse: “se você não gosta de pastel doce, não vou te dar um pedaço do meu; se quiser um, peça pra você”. Às vezes, as pessoas podem ser tão egoístas na mesa, né?! Brincadeirinha...
Por mais paradoxal que possa parecer, o pastel não é a minha opção favorita na Pastelaria Malta Brasileira. Quem reina absoluta na minha preferência é a esfiha. Admito que sempre que vou lá, acabo pedindo uma esfiha de calabresa com catupiry. As esfihas da Malta Brasileira são do tipo fechada, têm massa macia e possuem muito recheio. A variedade também é um dos destaques que precisa ser elogiado. Você pode pedir os seguintes sabores: carne, bauru, carne com queijo, calabresa com catupiry, atum, escarola com queijo e bacon, frango com catupiry, quatro queijos, palmito com ervilha e ovo, hamburguer com queijo e camarão com palmito. O preço me parece justo (R$ 7,00 a unidade, independentemente do tipo de recheio).
Já que estamos falando dos salgados, o risólis (de queijo ou de presunto e queijo – R$ 6,50 cada) e o bolinho de bacalhau (R$ 9,00) também são muito bons. Na última visita à Pastelaria Malta Brasileira, muito influenciado pelo pedido do Paulo, provei o espetinho de frango (R$ 10,00) e confesso que ele é delicioso, do nível do Frango Assado. Muito bom mesmo! Gostei tanto dele que acho que o meu novo dueto que irei pedir regularmente na Malta Brasileira será: uma esfiha de calabresa com catupiry e um espetinho de frango. Para mim, não há combinação melhor (depois de um sobe-e-desce de montanha).
Interessante notar que a variedade de produtos é uma marca essencial deste estabelecimento de Pirituba. Além de possuir uma gama extensa de pastéis e de salgados, a Pastelaria Malta Brasileira oferece várias marcas de cerveja (para alegria dos amantes do malte – abraço, Enzito!), muitas opções de suco (natural ou em polpa), grande quantidade de lanches (sim, há lanches por lá) e vários tipos de doce. Para os fãs de caldo de cana, até essa polêmica (beijo, Josi) e deliciosa bebida pode ser solicitada. E quem chegar por lá de manhãzinha, poderá tomar café da manhã completo. Os librianos devem padecer toda vez que abrem o cardápio (beijo, Marcelinha!).
Infelizmente, nem todos os produtos da Malta Brasileira têm a mesma qualidade superior. Eu não gostei, por exemplo, da coxinha de catupiry (R$ 6,75 – cadê o catupiry?!!), do enroladinho de salsicha (R$ 6,50 – ele me pareceu um pouco seco) e dos sanduíches (muito mais impactantes nas fotos do cardápio do que nas versões que chegam às mesas). Eles destoam dos demais produtos oferecidos por simplesmente não encantarem os clientes mais exigentes. Prove os pastéis, as esfihas e os espetinhos de frango que você entenderá o que estou dizendo quando uso o termo “encantar os clientes”.
O que não posso comentar com propriedade são os doces. Nunca provei as sobremesas caseiras oferecidas pela Pastelaria Malta Brasileira. Mesmo sendo bonitos (a cara deles é ótima!) e apresentados em grandes geladeiras no salão principal, os doces da lanchonete nunca me apeteceram. Coisa de quem se empanturra de fritura e salgado e não tem espaço no estômago depois para a sobremesa. Na última visita, acabei até pegando um sorvete para refrescar do calor. Contudo, como esse é um produto industrializado e vendido em toda parte (padarias, bancas de jornais) não posso considerá-lo nessa minha avaliação, né?
Talvez o principal ponto negativo da Malta Brasileira seja o atendimento, infinitamente inferior à qualidade dos produtos servidos. O serviço prestado pela equipe da casa é informal e amistoso (o que vejo com bons olhos), mas muitas vezes se torna relapso, demorado e equivocado. Você pede algo e vem de outro sabor. Isso já aconteceu inúmeras vezes comigo. Também é possível ver (no caso, ouvir) os funcionários discutindo ou reclamando entre si de algo trivial. A sensação é que, dependendo do garçom que nos atende, estamos atrapalhando sua vida ao fazer um pedido ou fazer alguma pergunta. Curiosamente, as confusões e as demoras da equipe são mais frequentes quando o movimento é mais baixo. Quando o salão está cheio e o bicho está pegando, as coisas parecem funcionar melhor. Vai entender, né?! O que posso dizer é que o serviço oferecido é inconstante: pode ser agradável e eficiente, como pode ser equivocado e lento. Tudo dependerá da sorte de quem o(a) atenderá e de como estará a vibe do lugar no dia de sua visita. Mesmo assim, senti que no pós-pandemia houve uma ligeira (eu disse ligeira!!!) melhora no serviço prestado.
De qualquer maneira, sempre saio feliz com o que degusto na Malta Brasileira. Por isso, ela é a minha lanchonete (ou pastelaria, como preferir) favorita do bairro de Pirituba. Seu horário de funcionamento é de segunda a sábado das 7h30 às 22h. Quem estava acostumado a frequentá-la aos domingos antes da pandemia do Covid-19, saiba que agora a casa não abre nesse dia da semana. Quem, como eu, gostava de uma andança dominical pelo Parque Estadual do Jaraguá e ia ao estabelecimento para recarregar as energias ficará na mão agora.
Em qualidade, a Pastelaria Malta Brasileira rivaliza com a Pastelaria Brasileira, da Pompeia (aquela em frente ao Palmeiras, na Rua Palestra Itália). As duas casas oferecem salgados e frituras de excelente nível. É até difícil dizer qual é a melhor. Para não ser injusto com ninguém, costumo dizer que a Malta Brasileira e a Pastelaria Brasileira são minhas pastelarias favoritas na cidade de São Paulo. O empate no primeiro lugar me parece justíssimo nesse caso. A vantagem da Malta Brasileira é ter um salão mais amplo e confortável (o da Pastelaria Brasileira é minúsculo e claustrofóbico). Por sua vez, a casa da Pompeia tem um atendimento melhor e mais cortês (independentemente do horário que você a visite).
Por falar nessas duas lanchonetes (digo lanchonetes porque elas servem muito mais do que pastéis – eu mesmo acabo comendo mais salgados por lá do que frituras), preciso fazer um alerta. Tome cuidado para não se confundir com os vários estabelecimentos genéricos que tentam imitar (até no nome!!!) a Pastelaria Malta Brasileira e a Pastelaria Brasileira. Até onde sei, nenhuma das duas possui filiais ou franquias (se bem que por causa das obras do metrô na Pompeia, a Pastelaria Brasileira dá os primeiros passos para a mudança obrigatória de endereço). Portanto, não caía no golpe (sim, até no mercado alimentício temos golpes) do comércio errado. Coisas de Brasil! Coisas de São Paulo!
Para quem curte a coluna Gastronomia, já indico desde já os estabelecimentos que vou comentar nos próximos meses. A ideia é analisar com vocês o Tiro Liro, simpático barzinho português da Pompeia que completou no ano passado dez anos de vida, e o Corrientes 348, restaurante argentino classudo da Vila Olímpia que tem um quarto de século e unidades espalhadas pela cidade e pelo país. Ambos são estabelecimentos tradicionais e consagrados, com importantes prêmios conquistados. Eu os visitei há pouco com amigos queridos (abraços, Eduardo e Uranio!) e estou louquinho, louquinho para comentá-los no Bonas Histórias.
Assim, prepare-se para provar em breve o Bacanão, cesta de parmesão com linguiça e mandioca frita com salsinha salpicada, uma das marcas do Tiro Liro. E se prepare para abocanhar os generosos e pecaminosos cortes de carne argentina, como ojo del bife, asado de tira, bife de chorizo, bife ancho e o carré de cordero, opções imperdíveis do Corrientes 348.
Até a próxima, queridas e queridos comensais!
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