Fui nesta terça-feira ao Itaú Cultural e conferi uma ótima exposição sobre Alexander Calder. Nascido, em 1898, nos Estados Unidos e falecido em 1976, Calder foi responsável pela formação do neoconcretismo no Brasil. Abraham Palatnik, Antônio Manuel, Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander, Carlos Bevilacqua, Ernesto Neto, Franklin Cassaro, Hélio Oiticica, Judith Lauand, Lygia Clark, Lygia Pape, Luiz Sacilotto, Waltercio Caldas e Willys de Castro foram alguns dos artistas, direta e indiretamente, influenciados pelas obras do norte-americano. A mostra "Calder e a Arte Brasileira" foi inaugurada no final de agosto e ficará em cartaz até o dia 23 de outubro. A curadoria é de Luiz Camillo Osório.
A exposição ocupa três andares do centro cultural (primeiro andar e dois subsolos). Além das criações de Alexander Calder, há a apresentação de obras de 14 artistas fortemente influenciados pelo norte-americano. Calder foi pioneiro na arte cinética. Segundo esta concepção, as esculturas ganham leveza e movimento. Feitas normalmente de aço e arame, as obras surpreendem o público por contestarem a lógica da física. A pergunta que normalmente se faz é: como isso está de pé? Outra questão interessante é tentar descobrir o que as esculturas representam. Às vezes, é necessário um olhar abstrato para reconhecê-las. Em outras oportunidades, é preciso olhar para as sombras que elas formam no chão para desvendar o mistério.
Menos conhecidas do que as esculturas, as pinturas de Calder e de seus seguidores também estão presentes em "Calder e a Arte Brasileira". Apesar de serem interessantes, elas perdem em impacto quando comparadas às artes plásticas.
Gastei cerca de uma hora para percorrer os três andares do Itaú Cultural. O bom é que hoje não havia muitos visitantes e deu para apreciar as obras com calma e atenção. Não sei se isso é possível em um final de semana.
A mostra é gratuita e ficará em exposição mais uma semana. Por isso, se apresse. Se você estiver pela região da Avenida Paulista, dê uma passada por lá para conferir a arte cinética de Alexander Calder.
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