Algumas manchetes e notícias do dia 17 março, período marcado pela iminência de um acontecimento histórico em nosso país:
“Líderes julgam ameaçado o regime: reunião permanente – Os líderes de bancada da Assembléia Legislativa decidiram ontem, depois de reunião com o presidente Ciro Albuquerque, declarar-se em reunião permanente, para a defesa do regime e das instituições, considerando grave a situação nacional, depois do pronunciamento de sexta-feira última do presidente da República” (Jornal Folha de São Paulo, 17 de março).
“Congresso e partidos reagem à pressão do Governo – Congresso e partidos políticos começaram a reagir contra o que denominam de tendências subversivas nas afirmações reformistas do presidente (...). Ao assumir a presidência da Câmara dos Deputados, o Sr. Ranieri Mazzilli garantiu que o Congresso não quer invadir atribuições alheias, mas não abrirá mão das liberdades e deveres que lhe determinam a Constituição” (Jornal do Brasil, 17 de março).
“O Pânico e a Mensagem – Quem lesse o noticiário de ontem, diria que a Nação foi coberta por uma cortina de pânico. Não é verdade. Quem está em pânico é uma infama parcela da população. Ínfima, mas poderosa, e que, pelos seus imensos recursos de divulgação e pressão, como o sapo da fábula, parecer elefante, representando todo o País” (Última Hora, 17 de março).
O único problema é que essas notícias, estampadas nas primeiras páginas dos principais jornais brasileiros, não são de 2016. São de 1964! Ou seja, o tempo passa e as coisas não mudam. Agora, infelizmente, é esperar o mesmo desfecho de outrora. Aí ninguém poderá se dizer surpreendido com os acontecimentos. Para compreender o futuro, basta reler o passado.
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