Ontem assisti à peça "Lampião e Lancelote" no teatro do SESI na Avenida Paulista. Livre adaptação de Bráulio Tavares do livro homônimo de Fernando Vilela, direção de Débora Dubois e músicas de Zeca Baleiro, o musical ficará em cartaz até 20 de dezembro. A produção, na verdade, reestreou nos palcos paulistanos neste final de semana. Ela é uma encenação de 2013 que volta agora em comemoração ao cinquentenário do Teatro do SESI-SP.
Multipremiado em 2013 (eleito o melhor espetáculo para jovens pela Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA, vencedor do prêmio Bibi Ferreira de melhor musical brasileiro, ganhador do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem de melhor espetáculo jovem e Prêmio Arte Qualidade Brasil para Daniel Infantini como melhor ator), "Lampião e Lancelote" tem a maioria dos atores do elenco original: Marcos Damigo, Luciana Carniele e Vanessa Prieto. Alê Pessoa e Roberto Monastero são os substitutos de Cássio Scapin e Daniel Infantini.
A história da peça aborda o duelo entre o cangaceiro brasileiro e o cavaleiro da Távola Redonda do rei Arthur. Lancelote acaba sendo vítima de um feitiço da bruxa Morgana. Por se sentir desprezada pelo cavaleiro, ela lança um feitiço que faz com que Lancelote seja enviado para o Sertão nordestino. Em território inóspito e bem diferente da sua Inglaterra medieval, o cavaleiro precisará desafiar não apenas Lampião como todo o bando do cangaceiro. Quem é o guerreiro mais bravo e destemido?
A narrativa é regada com muitas boas músicas e com um texto recheado de ironia e humor inteligente. O cenário também é interessante. O palco é dividido de uma forma que os personagens podem aparecer de todos os lados e permite uma movimentação inusitada.
A peça, infelizmente, não é tão movimentada e dinâmica como eu imaginava. A primeira meia hora é muito parada e de certa forma meio entediante. Cuidado para não dormir! A meia hora final é mais interessante e os acontecimentos são precipitados.
Apesar da ótima música e a boa atuação dos atores, achei essa peça muito abaixo das oferecidas pelo SESI.
Gostou deste post e do conteúdo do Bonas Histórias? Deixe, então, sua opinião sobre as matérias desta coluna. Para acessar as demais críticas teatrais, clique em Teatro. E não se esqueça de curtir a página do blog no Facebook.