Neste final de semana, fui à Festa da Nossa Senhora da Achiropita. A edição de 2015 é 89a do tradicional evento da cidade de São Paulo. Praticamente todo ano sou atraído pelos quitutes vendidos nas barraquinhas das ruas do Bixiga.
Sempre realizada aos sábados e aos domingos do mês de Agosto, a Festa da Nossa Senhora da Achiropita acontece nas ruas do Bixiga e é uma homenagem à padroeira do bairro colonizado pelos italianos no final do século XIX e no início do século XX. Cerca de trinta barracas com alimentos e bebidas ficam espalhadas pelas ruas Treze de Maio, São Vicente e Dr. Luís Barreto vendendo pratos da culinária italiana. Quase mil voluntários ficam encarregados da organização e da operacionalização das festividades.
O destaque é para a fogazza, o item mais consumido. Aproximadamente doze mil fogazzas são vendidas por noite. O dinheiro arrecadado é destinado às obras sociais da igreja do bairro. Além dos comes e bebes, a festa ainda tem música, show ao vivo na cantina Madonna Achiropita, procissão (realizada no dia 16 de agosto) e missa. A maioria dos frequentadores é composta por famílias, conferindo um ambiente gostoso e familiar ao evento. A organização, a segurança e a limpeza também são pontos elogiáveis.
O que mais me chamou a atenção no evento deste ano foi o número reduzido de pessoas participando. Diferentemente das edições anteriores, quando era até difícil andar pelas ruas da festa e a espera na fila das barracas poderia chegar a duas horas (no caso das fogazzas), este ano estava tudo muito tranquilo. Pelo jeito, é o efeito da crise econômica.
Também senti falta de alguns pratos. Por exemplo, não vi sendo vendido as pizzas. Uma pena! Em compensação havia algumas novidades, como o antepasto e a berinjela recheada ao forno. Estas são comercializadas na barraca chamada de "Típica".
Outro ponto positivo é o preço reduzido das bebidas. Refrigerante e suco estão sendo comercializados por R$ 2,00 e a cerveja por R$ 3,00. É verdade que se trata de produtos Schincariol, mas que está barato está.
Como sempre, o item que mais me agradou foi o sanduíche de calabresa. Ele é espetacular. Considero-o até mais gostoso do que a própria fogazza. Não sei o porquê, mas não sou muito fã do prato mais tradicional da festa. Sempre que consumo a fogazza, ela vem com muita gordura e um tanto mole. É verdade que ela é grande e muito bem recheada. Contudo, o que me faz ficar com água na boca é o pão com linguiça. A polenta também estava muito gostosa este ano.
A festa vai até o dia 30 de agosto. Aos sábados, ela começa às 18 horas e se estende até às 24 horas. Aos domingos, o período é mais reduzido, indo das 17h30 às 22h30. O preço médio da maioria dos pratos está entre R$ 8,00 e R$ 9,00 e das bebidas está entre R$ 2,00 e R$ 3,00.
Que tal este post e o conteúdo do Bonas Histórias? Compartilhe sua opinião conosco. Para conhecer as demais críticas gastronômicas do blog, clique na coluna Gastronomia. E não se esqueça de curtir a página do blog no Facebook.