Finalmente chegou aos cinemas brasileiros o filme que deu o Oscar de 2015 de melhor atriz para Julianne Moore. Este era a única (última) das principais produções congratuladas pela academia que eu ainda não tinha visto. Por isso minha expectativa em vê-la. Cansei de ler sobre a atuação muito elogiada de Moore no papel da professora universitária diagnosticada precocemente com Mal de Alzheimer, porém eu queria conferir pessoalmente o desempenho da atriz. E o resultado foi... Saí da sala de cinema um pouco decepcionado.
“Para Sempre Alice” (Still Alice: 2014) tem direção de Richard Glatzer (de “Meus 15 Anos”) e Wash Westmoreland (de “O Último Robin Hood”) e atuação de Kristen Stewart, além do protagonismo de Julianne Moore. A história é sobre uma professora de linguística, Dra. Alice Howland (Julianne Moore), que aos 50 anos é diagnosticada precocemente com Alzheimer. A notícia cai como uma bomba para a ela e para a família. Com a doença, a vida da professora vai se alterando aos poucos. Ela começa a esquecer palavras. Não se lembra dos compromissos. Se perda na rua, na universidade e até dentro de casa. Aos poucos, deixa de reconhecer as pessoas com quem convive. A nova condição de Alice coloca a prova o amor da família. Marido e filhos precisam se adaptar a “nova Alice”, cada dia mais esquecida e limitada.
O filme tem uma mensagem bonita e interessante. Como não podia ser diferente, é uma história triste. Entretanto, achei o roteiro, o enredo e a dinâmica fracos. Eles poderiam ter sido mais bem trabalhados. Em nenhum momento do longa-metragem fiquei realmente emocionado com os acontecendo. Esse talvez tenha sido o principal problema de “Para Sempre Alice”. Ele é um filme morno. Ele não aquece, não pega fogo e não entusiasma o telespectador (algo que eu imaginaria acontecer com um filme tão comentado).
Trata-se de um drama leve, beirando o superficial, apesar da temática séria e com potencial trágico. Imaginei um filme mais intenso, mais emocionante. Do início ao final, fiquei na expectativa da história decolar, do drama tomar conta das cenas, mas isso infelizmente não aconteceu. O final é até adequado, não sendo meloso nem dramático. Mesmo assim, ao colocá-lo no contexto geral, até o desfecho ficou sem sal.
A atuação de Julianne Moore é destacada. Ela mereceu realmente o Oscar de melhor atriz principal. Sua atuação é o único ponto destacável dessa produção. Há quem diga que ela só ganhou porque as concorrentes deste ano não dificultaram em nada (a disputa entre os homens foi mais intensa desta vez). Também concordo com esta opinião. Moore teve uma bela atuação, mas em outras edições, não teria conseguido a estatueta com este desempenho.
Por isso, saí frustrado da sala de cinema. Mais decepcionado com o filme do que com a atriz condecorada.
Veja o trailer de "Para Sempre Alice":
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